domingo, 4 de dezembro de 2011

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O boom imobiliário na cidade do Rio de Janeiro chegou a cifras astronômicas em 2010. O que já era sentido pelo bolso dos moradores do município agora foi oficializado: pela primeira vez na história, o valor médio dos aluguéis na capital fluminense superou os conhecidos valores exorbitantes da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, de acordo com relatório da consultoria norte-americana Cushman & Wakefield.

O Rio ficou em quarto lugar na pesquisa de 2010, saltando nove posições em comparação com o relatório divulgado no ano anterior. Em média, os valores para aluguel cresceram 47%, ficando em torno de US$ 120 o metro quadrado (cerca de R$ 204). Entre os países do Ocidente, o Rio fica atrás apenas de Londres.
Apenas para efeito de comparação, no Canadá a média foi de 1%, enquanto nos Estados Unidos houve queda de 2%. No caso de Nova York, a região de Midtown (no centro da ilha de Manhattan) saiu da crise muito rapidamente, registrando valorização de 10% em 2010, o que puxou para cima a média final da cidade norte-americana.

A cidade de São Paulo, mesmo com valorização de 4%, não aparece no ranking das 80 cidades pesquisadas em todo o mundo. Entre as dez primeiras colocações, encontram-se Hong Kong (China), Londres (Inglaterra), Tóquio (Japão), Rio de Janeiro (Brasil), Nova York (Estados Unidos), Mumbai (Índia), Moscou (Rússia), Paris (França), Zurique (Suíça) e Milão (Itália).


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Segundo a Cushman & Wakefield, a posição alcançada pelo Rio de Janeiro foi, particularmente, em consequência do aumento significativo da renda (25%) do brasileiro (e do carioca), observada em 2010. No entanto, especialistas e empresas brasileiras apontam também outros fatores para essa valorização. A expectativa por melhoras na infraestrutura da cidade por conta dos eventos internacionais que acontecerão na cidade até 2016 (Jogos Militares, Copa das Confederações, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos), além da política de segurança pública que implantou as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em áres antes dominadas pelo tráfico.
Apesar do valor médio para o Rio ficar abaixo dos 50%, em alguns bairros esse número foi ainda maior. Em Botafogo, por exemplo, a valorização chegou a 65%, de acordo com Alexandre Fonseca, diretor da incorporadora Brasil Brokers e vice-presidente da Ademi (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário).

- Onde teve UPP, os empreendimentos tiveram uma valorização significativa, principalmente em áreas que sempre foram desejo de moradia do carioca e que estavam sendo impedidas de se desenvolverem por conta dos problemas de segurança. Um exemplo bastante marcante é a Tijuca, que sempre foi desejo de moradia por concentrar comércio, metrô, colégios e etc. Após as UPPs, houve uma valorização imediata e absurda. Os empreendimentos da empresa atualmente não precisam nem ser lançados, pois na fase de pré-lançamento já temos cerca de 50% dos imóveis vendidos.

Um levantamento feito pela APSA, gestora de serviços condominiais e imobiliários, mostrou que antes da instalação das cinco UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras) que rodeiam o bairro, apenas 16% dos imóveis da Tijuca eram alugados no prazo de 30 dias. Atualmente, o número chega a 40%.

O renascimento do mercado carioca está apenas no começo. Engana-se quem acha que as cifras já chegaram ao topo por ter ultrapassado a metrópole mais famosa do mundo. De acordo com o mesmo relatório, a perspectiva para 2011 é de contínuo crescimento nos preços.

- As atividades ligadas à construção civil continuam aquecidas no Rio de Janeiro e são impulsionadas pela maior demanda esperada em 2011. Desta forma, os valores devem continuar em ascensão.

Pouco espaço x muita procura
O Rio de Janeiro está chamando a atenção dos investidores estrangeiros. Todos querem ganhar com as melhorias urbanas e financeiras que a cidade vai receber até o ano de 2020, cujos investimentos vão totalizar mais de R$ 400 bilhões em todos os segmentos, desde os serviços, passando pela indústria e o setor petroquímico, com a promessa do pré-sal. Não seria diferente no mercado imobiliário.

No entanto, espaços disponíveis – que já eram poucos – agora são cada vez menores em regiões como a zona sul. Segundo José Augusto Périgo, gerente do segmento imobiliário da Serasa Experian, os lançamentos se concentram em poucos bairros.

- O mercado carioca, conversando com os incorporadores, só tem um caminho para crescer efetivamente: focando lançamentos na zona oeste. Não há muitas áreas para expansão, mas isso ocorre em todas as grandes cidades brasileiras, o problema é a disponibilidade de terrenos para construção. Temos disponibilidade de recursos, mas é preciso um mapeamento amplo para encontrar terrenos e imóveis que possam ser demolidos em todas as regiões.

Segundo Alexandre Fonseca, o centro da cidade tem perspectiva positivas depois que o Porto Maravilha ficar pronto, já que o projeto é interessante devido à revitalziação que vão fazer na área, com nova perspectiva de desenvolvimento, tanto comercial quanto residencial.

fonte: R7.

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